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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O QUE FAZ UM PROFESSOR DIDÁTICO




A importância do professor em qualquer plano ou sistema educacional é exposta por J. F. Brown: “o professor é, indiscutivelmente, o fator mais decisivo em qualquer plano de educação.
Currículos, programas, organização e equipamentos por muito importantes que sejam, significam pouco ou nada, a não ser quando vitalizados pela personalidade dinâmica do professor.” Na verdade, a qualidade da educação depende de muitos fatores: prédios e aparelhamento escolar adequados, currículos e programas apropriados, organização funcional e administração eficiente; mas, depende, sobretudo, de mestres idôneos e competentes conscientes de suas responsabilidades. E dentro de suas muitas responsabilidades, está a de ser um professor didático, que segundo Rafael Grisi, é ser “simples, acessível e claro.” É inadmissível, nos dias hodiernos, professores na sala de aula sem essas prerrogativas. Mas, afinal, o que faz um professor didático? 
a) Induz o aluno a refletir. O professor precisa está atento às diferenças no estilo de aprendizagem de cada aluno. A doutora Evelise Maria, constatou em sua pesquisa de doutorado, que 80% dos alunos tem um estilo reflexivo de aprender. A questão é: nós vivemos em um mundo reflexivo? Nossas aulas são reflexivas? Estamos formando jovens reflexivos? O professor precisa induzir seu aluno a refletir, pensar, questionar, indagar, caso contrário, estará perdendo tempo em sala de aula.
b) Tem objetivos. Herbert Phillipson disse que: ”o grande princípio essencial de toda atuação educativa e didática é a consciência dos objetivos a serem atingidos.” Na verdade, seremos bons professores na medida em que tivermos uma consciência nítida das finalidades e dos objetivos que devemos atingir pelo nosso trabalho docente junto aos nossos alunos. 2 Timóteo 3. 16 e 17 revelam com inconfundível clareza, os dois primordiais propósitos do ensino da palavra de Deus: primeiro para que o cristão seja perfeito e segundo para que ele se torne habilitado. Todos os atos do professor na sala de aula devem ter esse propósito bem definido. E o mestre deve observar a todo instante se está alcançando seus objetivos.
c) Comprometido com a aprendizagem do aluno. Não se admite professores que não tenham comprometimento com a aprendizagem dos alunos. Todo bom professor compartilha dessa mentalidade. O educador americano John Dewey foi bem simples, acessível e claro (didático) quando disse: “não se poderá dizer que alguém vendeu se outra pessoa não houver comprado como não se pode dizer que ensinou, se ninguém aprendeu.” Nesse caso, o insigne educador não deu outra alternativa aos professores, a não ser, um sincero comprometimento com a aprendizagem do aluno.
d) Tem uma boa comunicação. O termo comunicação vem do latim communis, que significa comum. Partindo desse princípio, é importante lembrar que para comunicar algo ao aluno, o professor precisa estabelecer algo comum com ele. E quanto maior for o número de pontos comuns, maior será a probabilidade de uma boa comunicação. Toda comunicação possui três componentes básicos: intelecto, emoção e vontade; em outras palavras, pensamento, sentimento e ação. Então tudo que se for comunicar gira em torno de: algo que conheço algo que sinto algo que pratico. O professor é um vendedor. A diferença é que está vendendo ideias, conceitos, e não mercadorias, objetos. Então para conseguir vende-las, precisa conhecê-las muito bem, tem que está profundamente convencido de que são boas e tem que praticá-las no seu dia a dia. Isso deve ser uma realidade na vida de um professor didático que ama a educação, seja ela secular ou cristã. Com franqueza, se todas as pessoas que trabalham com educação cristã, tivessem que ganhar a vida vendendo alguma coisa, a maioria morreria de fome. Nas escolas dominicais e instituições cristãs, está sendo ensinado a verdade mais fascinante do mundo - a verdade eterna, mas ao paladar dos educandos é como se fosse “comida de hospital”. É necessário haver uma paixão pelo ato de comunicar. Gilberto Dimentein foi didático ao afirmar: “Quando descobri a paixão pelo ato de comunicar como um verbo bitransitivo, ou seja, comunicar algo a alguém, tudo ficou fácil”.
e) Motiva os educandos. Um professor didático sabe que o ensino será mais eficiente se o aluno se encontrar adequadamente motivado. A mente humana é uma força que funciona ativada por motivações. Um relógio pode bater as horas junto a um ouvido; um objeto pode lançar sua imagem dentro de um campo visual. Mas a mente desatenta não ouvirá nem verá nada. Faz-se cada vez mais necessário a presença de professores motivadores nas nossas instituições de ensino. Motivação e didática são inseparáveis.


Esses princípios são essenciais em qualquer instituição de ensino, visto que sem eles, o processo de ensino aprendizagem ficará deficiente. A didática eficiente é uma necessidade urgente nas nossas escolas dominicais, seminários e academias. O mestre precisa está consciente de sua missão, buscar o aprimoramento nas novas didáticas, está sempre aprendendo, pois quem para de aprender hoje, certamente deixará de ensinar amanhã. O professor deve sempre ser um aluno. Um importante educador norte americano, questionado sobre o porquê de está sempre estudando, respondeu: “simplesmente não paro de estudar porque não quero que os meus alunos bebam água estagnada de uma lagoa, mas água corrente de um rio”. Esse professor tinha um caso de amor com a educação. Um de seus alunos é o Dr. Howard Hendricks, que há 35 anos dá aulas no seminário de Dallas. O insigne professor César Moisés de Carvalho, em entrevista ao informativo do Colportor (CPAD), questionado sobre quais características são fundamentais para o professor, respondeu: “A primeira e mais fundamental (diria até que se trata de um pré-requisito) vem da própria bíblia: dedicação. É impossível ser professor se a pessoa não for alguém dedicado”. Antes de se fazer uma crítica ao desinteresse dos alunos, à evasão escolar, à frieza dos alunos, deve ser levado em consideração o nível de dedicação do professor.
O professor deve possuir conhecimento pedagógico do conteúdo, ou seja, além dele saber o conteúdo a ser desenvolvido, torna-se necessário também saber como transmitir o conhecimento aos alunos. É de fundamental importância o professor ter conhecimentos objetivos a respeito de tudo o que for relevante ao processo pedagógico, pois toda ação consciente depende da existência de conhecimentos. No âmbito da didática como prática da educação cristã institucional, fica a sentença do Dr. Howard Hendricks: “A eficiência de nosso ensino não se avalia com base naquilo que o professor faz, mas no que o aluno faz em decorrência de nossa prática didática”. Na busca pela excelência da educação cristã, faz-se obrigatório, um profundo conhecimento da arte de ensinar (Didática).

 Fonte: Blog Adriano e Educação

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"Pois no mesmo fogo, o ouro dá brilho e a palha vira fumaça; debaixo da mesma debulhadora o talo é esmagado e o grão debulhado; a borra não é confundida com o óleo porque ambos saem do mesmo lagar. Assim, também, a onda de dificuldades testará, purificará e melhorará os bons, mas socará, esmagará e arrastará para longe os maus. Assim é que, sob o peso da mesma aflição, os ímpios negam e blasfemam de Deus, ao passo que os justos oram a ELE e o louvam. A diferença não está no que as pessoas sofrem, mas no modo que elas sofrem. A mesma sacudida que faz feder a água fedorenta faz o perfume exalar o mais agradável cheiro. (Uma das declarações mais eloquentes de Agostinho)

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