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quinta-feira, 28 de abril de 2011

AFINAL, QUE TIPO DE PROFESSOR EU SOU?

 




Como melhorar a qualidade do trabalho do professor
Até que todos cheguem à unidade da fé e do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef4.13).
Aqui adicionaremos uma dimensão que, na verdade, resume de maneira singular quem deve ser o professor.
O PROFESSOR PARTEIRO
Eis uma alusão ao método de ensinar usado por Sócrates, a "maiêutica, nome que lembrava a profissão exercida por sua mãe, que era parteira”. 52 O professor é aquele que traz à luz o conhecimento e, como bem ensinou o professor Luciano Lopes, ao afirmar que " a tarefa do professor não era tanto a de ensinar, como a de provocar a eclosão das ideias".53
Por esta razão, depois de percorrer os capítulos anteriores, e refletir bastante sobre a sua tarefa, o professor pode agora, num exercício de auto avaliação, detectar áreas em sua vida que precisam ser trabalhadas visando o aprimoramento do seu trabalho. Isso é simplesmente maravilhoso, ao servir a Deus na qualidade de professor da Escola Dominical, a pessoa é convidada a uma constante avaliação do seu ministério. O desejo de exercer com dedicação a tarefa de ensinar as Escrituras precisará pressupor sempre a reciclagem e o aperfeiçoamento, sob pena de, em não acontecendo, instalar-se uma situação de retrocesso e de letargia na Escola Dominical.
O professor, como todos os crentes, precisa crescer, melhorar. Cada dia representa um desafio novo, cada trimestre uma oportunidade nova de crescer com e através da vida dos seus alunos. "É claro que o professor, para exercer com eficácia a maiêutica das ideias, deverá ter vocação e também preparoespecializado”. 54 Tal preparo se dará no transcurso da vivência do próprio professor, em sua disposição de se envolver nos programas de reciclagem e treinamento a que tiver acesso.
No entanto, muitos são resistentes à ideia de reciclagem e de treinamento. Há casos de professores da Escola Dominical que jamais aceitam participar de um treinamento ou de um curso; são autossuficientes, acham-se prontos e julgam-se detentores de todo o saber. Não pode haver coisa mais prejudicial para uma Escola Dominical do que a presença de pessoas que se recusam a crescer negam-se a melhorar e fogem do aperfeiçoamento.
Ser professor da Escola Dominical implica melhorar sempre, abrir-se para o novo, manter arejada a mente e aberto o coração para experimentar novos métodos, intensificar ações educacionais, testar, experimentar. Neste sentido, a sala de aula é um laboratório permanente onde professor e alunos se lançam a novas descobertas e experimentos cujos resultados muito poderão contribuir para o crescimento do Reino de Deus.
Aqueles que resistem tanto a esta ideia da reciclagem e treinamento carecem de humildade. Humildade é a convicção de que não temos nem somos a última palavra. A humildade leva o professor a entender suas limitações e deficiências. Também inferimos, ao analisar estes resistentes, um certo desprezo pelo trabalho de Deus, muitas vezes até travestido de piedade e responsabilidade. Se uma pessoa não quer consertar erros, redirecionar caminhos equivocados, corrigir falhas e aperfeiçoar métodos e técnicas acerca do ensino dinâmico e eficaz das Escrituras; então notamos, no mínimo, desconsideração para com a nobreza do ministério do ensino da Bíblia na igreja.
No tempo em que nós vivemos, as coisas acontecem com uma velocidade enorme. A cada dias urgem novas idéias, aparecem instrumentos melhores, nascem paradigmas contemporâneos e relevantes na área do ensino. Através de sua participação constante em programas de reciclagem, cursos de aperfeiçoamento, clínicas e laboratórios de ensino; o professor da Escola Dominical vai se atualizando, tomando conhecimento das novidades e, naturalmente, melhorando a qualidade do seu trabalho.
O pastor e os líderes educacionais da igreja devem se esforçar sempre para que esta consciência da necessidade de melhorar e aperfeiçoar sejam passada e desenvolvida na vida dos seus professores. Além disso, precisam levar a igreja a investir nessa melhoria. Bem fará a igreja que se esforçar para financiar programas de reciclagem para os seus professores, para lhes dar condições cada vez melhores para desenvolvimento de seu ministério.
Muitos professores até se frustram ao constatarem que a igreja não os valoriza e nada investe em suas vidas e em seu potencial. Quando isso ocorre, temos o quadro absurdo que mostra professores dedicados querendo melhorar seu trabalho, e líderes obstruindo o seu ideal e matando sua vocação. É preciso estar atentos para que a igreja invista com objetividade e fé no aperfeiçoamento do seu corpo docente.
A consciência de que o ensino das Escrituras está na base de tudo o que uma igreja realiza, quer sejam missões e evangelismo, música, ação social, cultura, educação etc. há de gerar um clima favorável ao investimento na área da Escola Dominical.
De um modo geral, podemos dividir os professores em duas categorias, tal divisão tem apenas um objetivo didático, visando auxiliar o professor a identificar em que necessita de reciclagem e/ou de treinamento:
PROFESSORES QUE SABEM COMO ENSINAR
São aqueles que dominam os métodos de ensino, que conhecem bem a didática. São capazes de planejar e desenvolver uma aula tecnicamente perfeita e eficiente. Tais professores quase nunca têm problemas com o tempo da aula ou a motivação dos alunos, visto que conhecem exatamente as técnicas para se evitar este tipo de problema.
PROFESSORES QUE SABEM O QUE ENSINAR
Estes são professores que conhecem bem a Palavra de Deus e sabem exatamente o que deve ser passado para os seus alunos. Têm boa estrutura doutrinária, conhecem bem a história bíblica, sabem discernir se um determinado ensinamento tem ou não fundamento bíblico. Sua contribuição para a Escola Dominical se dá preponderantemente na dimensão do conteúdo bíblico.
Na realidade educacional de uma igreja local essas duas categorias se manifestam em, pelo menos, quatro tipos de professores na Escola Dominical:
Como sem o quê
São professores que sabem como ensinar, mas não sabem o que ensinar, ou seja, dominam bem a técnica, a didática, mas não dominam bem a Palavra de Deus. Sua aula vai falhar sempre no aspecto do conteúdo. Estará sempre correndo o risco de deixar seus alunos saírem da sala sem saberem os aspectos fundamentais do texto estudado. As aulas acontecerão, mas o crescimento bíblico-doutrinário será lento.
O que sem como
Também encontramos na Escola Dominical aqueles professores que dominam muito bem o conteúdo, mas não conhecem bem as técnicas de ensino. Fica sempre claro para os alunos que ele conhece o assunto que está ensinando, mas falta habilidade para o ensino propriamente dito. O risco no caso deste professor é não conseguir transmitir o conteúdo que tanto conhece e mesmo de não ser capaz de adequar a quantidade de matéria a ser transmitida com o tempo disponível para tal, implicando até mesmo deixar para trás partes importantes do conteúdo.
Sem o que e sem como
Ainda existem aqueles que são deficitários tanto no método ou na técnica, como no conteúdo. Aí o que acontece é uma espécie de faz-de-conta. Não há produtividade. A tendência nestes casos é a aula enveredar por assuntos outros, conversas informais e até o compartilhar de experiências que nada têm haver com o que deveria estar sendo ensinado.
O que e como
São aqueles que unem o conhecimento da técnica e do conteúdo. Sabem o que precisam ensinar e conhecem precisamente como fazê-lo. Dominam tanto o conteúdo como a técnica de ensino. Pertencem ao grupo de professores ideais para a Escola Dominical, pois poderão exercer seu ofício com abrangência
e competência. O alvo de cada Escola Dominical deve ser o de ajudar seus professores para que pertençam a este segmento; o que demandará, por parte da liderança educacional da igreja, um programa de treinamento.
Trecho do livro: SOCORRO! Sou professor de Escola Dominical

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"PEQUENAS FRASES GRANDES EFEITOS"

"Pois no mesmo fogo, o ouro dá brilho e a palha vira fumaça; debaixo da mesma debulhadora o talo é esmagado e o grão debulhado; a borra não é confundida com o óleo porque ambos saem do mesmo lagar. Assim, também, a onda de dificuldades testará, purificará e melhorará os bons, mas socará, esmagará e arrastará para longe os maus. Assim é que, sob o peso da mesma aflição, os ímpios negam e blasfemam de Deus, ao passo que os justos oram a ELE e o louvam. A diferença não está no que as pessoas sofrem, mas no modo que elas sofrem. A mesma sacudida que faz feder a água fedorenta faz o perfume exalar o mais agradável cheiro. (Uma das declarações mais eloquentes de Agostinho)

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