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sábado, 12 de fevereiro de 2011

CRISTO, O CRISTÃO E A CRIATIVIDADE


 2ª PARTE

Quando falamos em criatividade somos muitas às vezes levamos a pensar que a mesma pode ser obtida por meios que envolvem as capacidades propriamente humanas. 
Através de uma série de estímulos a pessoa vai desenvolvendo uma maneira ímpar e atraente de desenvolver seus projetos. Em outras palavras, quanto mais o indivíduo se esforça e busca se capacitar, mais ele se vê apto a exercer com originalidade e criatividade suas funções e alcançar seus objetivos.
Porém se o tema em questão é criatividade do ministério cristão, muitas questões diferentes devem ser levantadas. Existe nos dias de hoje uma grande necessidade de avaliarmos a relação existente entre o profissionalismo e a espiritualidade no ministério. 
Nouwen afirma que a questão sobre o ministério é intimamente ligada à vida espiritual do ministro. Ou seja, não há ministério bem sucedido e criativo se a vida espiritual do ministro não é sadia. Não há criatividade real no ministério se não há intimidade com Deus. É possível que uma das causas das frustrações e desapontamentos ministeriais de muitos cristãos seja causada pela crescente separação entre o profissionalismo e a espiritualidade, o que acaba muitas vezes levando a uma busca da valorização do primeiro e detrimento do segundo que é absorvido pela correria do cotidiano.
Nouwen afirma que “muitos destes homens e mulheres têm doado tanto de si mesmos e suas atividades pastorais cotidianas, que muitas vezes demandam muito de si, que acabam por se sentir vazios, exaustos, cansados e quase sempre desapontados.” É o cotidiano e o excesso de dedicação que acaba levando o ministro a um profissionalismo com pouca observância do quanto é necessário desenvolver uma espiritualidade sadia. Verdadeiros apaixonados pela obra ministerial que são, pela urgência das tarefas do cotidiano, empurrados para um verdadeiro “beco sem saída”, já que no ministério cristão o segredo repousa no fato de nos deixarmos ser dependentes da presença de Deus em nossas vidas.
Nouwen deixa bem claro que para exercer um ministério cristão é exigida uma cuidadosa preparação tanto em termos de conhecimento e entendimento da Palavra de Deus quanto nas relações ministeriais pelas quais a Palavra de Deus chega até o ser humano. Assim, ministério e espiritualidade precisam estar sempre unidos para que realmente a criatividade faça parte de nossas vidas como expressão e fruto de nossa relação com Deus dentro das funções ministeriais.
Sobre o desenvolvimento de uma espiritualidade sadia, Foster destaca que as disciplinas espirituais são tratadas com uma porta para a liberdade. A superficialidade de nossas ações e impressões e a chama de maldição do nosso tempo é um forte empecilho para que a liberdade cristã permita um pleno desenvolvimento de nossas potencialidades em Cristo. Porém as disciplinas espirituais convocam-nos a sair desta superficialidade e almejar andar nas profundezas.
Foster enfatiza que Deus deseja que as disciplinas espirituais sejam praticadas por seres humanos comuns e que o propósito maior delas é libertar o ser humano da escravidão ao interesse próprio e ao medo. 
Essa libertação tem como requisito principal ter anseio por Deus. Porém, quem busca as disciplinas espirituais se deparará com duas dificuldades: Uma filosófica e outra prática. O materialismo atual incutiu na humanidade a aceitação apenas das verdades físicas não dando mais espaço para algo que não pertença ao mundo palpável. Além disso, a ignorância acerca das disciplinas espirituais traz grandes dificuldades a qualquer um que queira mergulhar em uma realidade espiritual mais significativa. Frente a estas duas dificuldades precisamos urgentemente experimentar uma vida de relacionamento e intimidade mais intensa com Deus.

Outro pensador cristão que nos ajuda a entender a relação entre Cristo, o cristão e a criatividade é Michael Card. Para ele, quando o ministro está em plena sintonia com os propósitos do Senhor, o inesperado começa a ter um espaço maior e eficaz no ministério. É a criatividade se desenvolvendo em terra fértil. Se Deus é criativo, nós que somos feitos a sua imagem e semelhança somos criativos no momento em que passamos a depender do Pai para as mais naturais tomadas de decisão no exercício de nossas funções eclesiais. Nesse momento a criatividade é algo natural e esperado, e não mais algo inatingível.
Card desenvolve a idéia de que a criatividade é uma resposta apropriada e original a quem é Deus e o que Ele representa em nossas vidas. Assim, a criatividade passar a ser uma expressão de adoração já que ela é algo oferecido a Deus em resposta ao que Ele significa para o que o adora. 
Nas palavras de Card, “o chamado para a criatividade é um chamado para a adoração.” Ele defende que todas as formas de criatividade realizadas em obediência a sua ordem são formas de as pessoas se doarem e oferecerem-se em adoração ao Senhor. Quando um ministro do evangelho busca de forma criativa espiritualmente dependente de Deus servi-lo, há uma legítima experiência de adoração e amor ao grande Criador.
Para o teólogo Schaeffer, a verdadeira espiritualidade é a expressão do poder de Cristo como mestre sobre o homem por completo. A criatividade no ministério cristão só será real no momento em que o ministro permitir que Deus seja senhor sobre todas as faces de sua existência. Ele defende que “o cristianismo envolve o ser humano como um todo, incluindo seu intelecto e sua criatividade.”
A questão que envolve a espiritualidade é algo que necessita de uma maior atenção entre os cristãos. Schaeffer afirma que os “evangélicos têm sido criticados, com razão, por estarem sempre tão interessados em ver almas sendo salvas e indo para o céu, e não importam muito com as pessoas de maneira integral.” É preciso que um cuidado maior seja tomado nessa questão. Não podemos perder o foco.

Com relação à criatividade Schaeffer defende que todas as áreas de nossa vida devem estar debaixo do senhorio de Cristo, inclusive as artes. O ministro deve usar a arte para glorificar a Deus e não como algo que produz lazer, bem estar ou divulgação de uma mensagem. Uma expressão artística pode ser em si mesma um ato de adoração e louvor ao Deus Criador!
Além do exposto acima, a primeira razão para valorizarmos a criatividade é o fato de Deus ser o criador de todas as coisas. Se o homem, segundo Schaeffer, foi criado à imagem de Deus, ele tem a capacidade de não apenas amar, pensar e sentir emoções, mas sim, de criar e criando louvar e adorar a Deus. 
Schaeffer defende que a vida do cristão também deve ser uma obra de arte. Uma obra que é verdadeira e bela em um mundo que está à beira do precipício, e que pelo que representa pode influenciar e levar outros a sentir algo diferente.
Quando Piper afirmou que “o fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus ao gozá-lo plena e eternamente’, ele desenvolveu a idéia de que o homem busca um prazer que está no próprio Deus e que o desejo por ser feliz é uma necessidade humana boa, e não pecaminosa.
Devemos, na busca de um ministério criativo, intensificar o desejo de alimentar tudo o que possa ampliar a nossa satisfação em servir a Cristo de forma mais profunda e permanente. Na arte, a felicidade que a mesma possa provocar deve encontra-se apenas em Deus.
Logo, há uma relação muito estreita entre o ministério cristão eficaz e a criatividade. Não há como ser criativo no exercício da comissão cristã sem ser alguém constantemente inundado pela felicidade e desejo por estar perto de Cristo. Em outras palavras, espiritualidade e criatividade são características inerentes ao ministro que vive um ministério em conformidade com os anseios do Deus Criador, do Deus Criativo.
 fonte: marcostedesco

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"Pois no mesmo fogo, o ouro dá brilho e a palha vira fumaça; debaixo da mesma debulhadora o talo é esmagado e o grão debulhado; a borra não é confundida com o óleo porque ambos saem do mesmo lagar. Assim, também, a onda de dificuldades testará, purificará e melhorará os bons, mas socará, esmagará e arrastará para longe os maus. Assim é que, sob o peso da mesma aflição, os ímpios negam e blasfemam de Deus, ao passo que os justos oram a ELE e o louvam. A diferença não está no que as pessoas sofrem, mas no modo que elas sofrem. A mesma sacudida que faz feder a água fedorenta faz o perfume exalar o mais agradável cheiro. (Uma das declarações mais eloquentes de Agostinho)

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